O PIB no Reino Unido caiu no final do trimestre, com uma contração de 0,3% só em março, depois de ter estagnado em fevereiro e aumentado 0,5% em janeiro.
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O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 0,1% no primeiro trimestre, como previsto pelos analistas, depois de ter registado o mesmo acréscimo no último trimestre de 2022, foi esta sexta-feira anunciado.
No entanto, segundo uma primeira estimativa publicada hoje pelo Office for National Stastistic (ONS), o PIB caiu no final do trimestre, com uma contração de 0,3% só em março, depois de ter estagnado em fevereiro e aumentado 0,5% em janeiro.
O crescimento no primeiro trimestre "foi impulsionado pelos setores das tecnologias da informação e da construção", mas a economia contraiu-se devido às greves decretadas por questões salariais "na saúde, educação e administração pública", observou Darren Morgan, diretor de estatísticas económicas do ONS, no Twitter.
Em março, a economia foi afetada por "um declínio generalizado da atividade no setor dos serviços", mas também pela diminuição das vendas de automóveis e por um mês difícil para os setores do armazenamento, distribuição e retalho, acrescentou Morgan.
"Uma economia mais fraca em março realça a sua fragilidade, apesar da queda dos preços grossistas da energia, da melhoria das cadeias de abastecimento e da confiança dos consumidores", observou Yael Selfin, economista da KPMG.
A economia britânica, sobrecarregada por uma inflação que se mantém acima dos 10%, estava até há pouco tempo previsto entrar em recessão este ano, tendo escapado por pouco no final de 2022.
Mas as últimas previsões, incluindo as publicadas na quinta-feira pelo Banco de Inglaterra, são mais otimistas.
Na quinta-feira, o Banco de Inglaterra (BoE) subiu as taxas pela 12.ª vez consecutiva, para 4,5%, o nível mais elevado desde outubro de 2008 e da crise financeira, tendo em conta que a economia britânica está a aguentar-se melhor do que o previsto.
Prevê-se agora um crescimento de 0,25% em 2023 e nenhuma contração trimestral este ano.
"Embora seja provável que uma recessão esteja fora de questão, as vulnerabilidades decorrentes do aumento dos custos dos empréstimos e da crise do crédito deverão abrandar a atividade das empresas e das famílias este ano, prevendo-se que o investimento das empresas e as despesas dos consumidores se mantenham moderados a curto prazo", acrescentou Selfin.