Acidente com avião da Germanwings espoletou mudanças nas regras da União Europeia.
Corpo do artigo
As companhias de aviação europeias vão ter de fazer testes psicológicos aos pilotos antes de os contratarem.
A decisão da comissão europeia surge três anos depois de um piloto da companhia alemã Germanwings, Andreas Lubitz, ter, deliberadamente, pilotado o avião contra uma montanha em França, num voo que fazia a ligação entre Barcelona e Duesseldorf, o que resultou na morte de 150 pessoas que estavam a bordo.
A investigação em causa revelou que o piloto sofria de uma desordem mental com sintomas psicóticos e tendências suicidas, informações que foram sempre escondidas pelo próprio à companhia aérea.
As novas regras pretendem que se impeça uma tragédia semelhante e, para isso, os pilotos terão ainda acesso a um programa de apoio em casos de saúde mental.
Atualmente, os pilotos já são submetidos a testes com regularidade, mas a avaliação rigorosa à saúde mental não estava incluída nos exames e testes.
Para além desta imposição, os testes aleatórios de álcool vão tornar-se obrigatórios para todas as companhias que voem para a União Europeia e a tripulação também terá de realizar mais testes de substâncias psicoactivas.
A Lufthansa, grupo à qual pertence a Germanwings, assegura que acolheu as novas regras e que vai implementar as que ainda não se encontravam em vigor.