Plano de israelita para Gaza "é resposta de Netanyahu à vontade dos países de reconhecer Estado da Palestina"
Maria João Tomás, especialista em geopolítica e investigadora na área do Médio Oriente, considera que o plano do primeiro-ministro israelita para Gaza traduz uma política de extermínio: “É uma situação muito triste. Estamos a ver a aniquilação de um povo.”
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Netanyahu anunciou este domingo, em Jerusalém, que o plano israelita para a nova fase da ofensiva na Faixa de Gaza prevê a ocupação da principal cidade do enclave, a deslocação de centenas de milhares dos seus habitantes e o alargamento das operações militares aos campos de refugiados na costa central do território.
Para Maria João Tomás, ouvida pela TSF, esta “é a resposta de Netanyahu à vontade de vários países, incluindo Portugal, de reconhecer o Estado da Palestina”.
Netanyahu não quer a solução dos dois Estados, quer a solução só dos palestinos serem integrados a Israel como cidadãos de segunda. Ou pior ainda serem mortos e morrerem à fome e de todas as maneiras possíveis e imaginárias... e os que sobreviverem ficam integrados no Estado de Israel como cidadãos de segunda.
Netayahu reiterou este domingo que “não visa ocupar Gaza, mas desmilitarizar” o território.
"Primeiro, desarmar o Hamas. Segundo, libertar todos os reféns. Terceiro, desmilitarizar Gaza. Quarto, Israel exercer o controlo de segurança. E quinto, uma administração civil pacífica e não israelita”, enumerou o chefe do Governo.
Segundo o líder de Israel, este plano será executado “permitindo que a população civil saia em segurança das zonas de combate para áreas seguras designadas", onde poderão receber “alimentos, água e assistência médica em abundância".