Há cinco anos que a França não registava temperaturas tão baixas.
Corpo do artigo
O frio chegou a França e não vai poupar nenhuma região do país. As temperaturas baixaram mais de 10 graus na última semana, uma baixa de temperatura explicada por uma onda de frio vinda do Norte, um fenômeno conhecido por “Moscovo-Paris”, obrigando o governo francês a activar o plano “frio extremo”, um sistema para proteger os mais vulneráveis.
Há cinco anos que a França não tinha registado temperaturas tão baixas. Esta terça-feira o país acordou com temperaturas negativas. Para o regresso às aulas são recomendadas luvas, cachecóis e chapéus.
As temperaturas caíram repentinamente por causa do vento frio “Moscovo-Paris” vindo da Rússia e do Norte da Europa. Este é o nome dado ao grande fluxo de ar gelado que chega da Escandinávia e do oeste da Rússia. Uma massa de ar frio que nos chega por um anticiclone da Sibéria e que assume, desde ontem, um fluxo de ar que até agora chegava à França no sentido oposto, do Atlântico e do sudoeste.
O fluxo de ar, suave e húmido foi substituído por ar frio e seco, daí a queda repentina das temperaturas: 10 graus em relação à semana passada, sabendo que mais a norte da Europa o frio é ainda mais acentuado.
A autarquia de Paris decidiu activar o plano frio extremo desde ontem. Um plano que permite abrir novos espaços para alojar pessoas em situação de sem abrigo. As associações humanitárias também intensificaram a ajuda para auxiliar os mais vulneráveis. “As pessoas são vulneráveis porque não têm domicílio fixo porque dormem na rua e não têm como se proteger do frio com cobertores ou mantas. Mesmo que algumas pessoas tenham mantas ou cobertores não é suficiente porque perante estas vagas de frio não é possível ficar na rua”, alerta o presidente da associação Ordem de Malta, Cédric Chalret du Rieu.
A autarquia de Paris abriu 274 novos abrigos; edifícios que não estão destinados à habitação: ginásios, escolas ou câmaras municipais. O plano frio extremo permite ainda que os autarcas aumentem os recursos humanos e financeiros para auxiliar as pessoas em situação de sem abrigo, cujo número aumentou de 16% no último ano.
