O primeiro-ministro apelou à negociação com os parceiros sociais. "A greve não é solução", defendeu Charles Michel.
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O primeiro-ministro belga, Charles Michel, apelou hoje à negociação com os parceiros sociais e agradeceu aos que foram trabalhar no dia em que uma greve nacional praticamente paralisou a Bélgica.
Num comunicado, Michel sublinhou que "a greve não é solução", recomendando que "sindicatos e patronato devem voltar à mesa das negociações" e terminando com um agradecimento aos que hoje foram trabalhar.
O primeiro-ministro adiantou ainda esperar que as partes cheguem a acordo sobre os aumentos salariais e das pensões e prestações sociais, salientando que "a paz social é do interesse de todos"
Em todo o país, a greve obrigou à paragem dos transportes públicos, ao encerramento do espaço aéreo, das administrações públicas, escolas, recolha de lixo e afetou o normal funcionamento dos hospitais.
Segundo informação oficial, nenhum avião sobrevoa o espaço aéreo belga abaixo dos oito mil metros de altitude, sendo apenas autorizados voos oficiais, militares ou com caráter de urgência.
Na terça-feira, a TAP já tinha anunciado que ia cancelar vários voos com destino à capital belga. Na passada sexta-feira, a companhia aérea belga Brussels Airlines também anunciou que iria cancelar todos os voos previstos para quarta-feira.
"A Brussels Airlines suprime o seu programa inteiro de 222 voos. Os itinerários de viagem de mais de 16.000 passageiros estão afetados", indicou a companhia belga, na altura, cuja única base na Bélgica é o aeroporto de Bruxelas.