
FILE PHOTO: Swedish Prime Minister Stefan Lofven addresses a news conference after talks with German Chancellor Angela Merkel at the chancellery in Berlin, Germany, March 16, 2018. REUTERS/Hannibal Hanschke/File Photo
Hannibal Hanschke/Reuters
A coligação de centro-direita e a extrema-direita da Suécia uniram-se para destituir o primeiro-ministro Stefan Lofven.
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O primeiro-ministro sueco, o social-democrata Stefan Lofven, foi destituído esta terça-feira pelo Riksdag (Parlamento) depois da aprovação de uma moção de censura ao seu Governo.
A moção de censura apresentada pela oposição sueca foi aprovada com 204 votos a favor e 142 contra.
Stefan Löfven e o seu Executivo devem permanecer em funções até o Parlamento nomear um novo Governo.
O Executivo de Löfven ficou enfraquecido após as eleições parlamentares de 9 de setembro, nas quais não conseguiu uma maioria.
Os 204 parlamentares que votaram a favor da moção são os representantes eleitos a 9 de setembro pela Aliança (conservadores, liberais, centristas e democratas-cristãos) e pela extrema-direita, menos um voto.
"A Suécia precisa de um novo Governo que busque apoio político amplo para as reformas", disse o líder conservador Ulf Kristersson aos parlamentares antes da votação.
O presidente do Parlamento, o conservador Andreas Norlen, deve agora convidar os representantes dos partidos com assentos no Riksdag para consultas, com vista a formar rapidamente um novo Governo.
Andreas Norlen foi eleito presidente do Parlamento da Suécia, na segunda-feira, com os votos da Aliança de centro-direita, principal força da oposição, e da extrema-direita dos Democratas da Suécia, terceira força política.
Norlen derrotou a candidata da coligação centro-esquerda do primeiro-ministro Stefan Lovfen, Asa Lindestam, por 203 contra 145 votos.
A Suécia estava num impasse político desde as legislativas de 9 de setembro, em que a coligação de centro-esquerda elegeu apenas mais um deputado do que a Aliança de direita (144-143) e os Democratas da Suécia (SD) elegeram 62.
Os dois blocos principais recusaram apoiar-se um ao outro e excluem qualquer acordo com a extrema-direita.
Para um novo mandato, Lovfen precisaria que uma maioria não vote contra si, o que é improvável dado que tanto a Aliança como os SD prometeram fazê-lo.
Com a destruição de Lovfen, será provável que Ulf Kristersson, líder do segundo partido mais votado e o maior dos quatro que integram a Aliança, se candidate a formar governo.