Depois de Hassan Rouhani ter dito a Trump que "não brinque com a cauda do leão", o presidente norte-americano promete consequências graves se voltar a ser alvo de ameaça.
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Donald Trump deixou esta segunda-feira uma ameaça ao presidente iraniano, horas depois de Hassan Rouhani ter dito que as políticas hostis dos EUA podiam levar à "mãe de todas as guerras".
"Nunca mais ameacem os Estados Unidos ou vão sofrer consequências que poucos na História sofreram. Já não somos um país que acata as vossas lunáticas palavras de violência e morte. Cuidado!", escreveu Trump no Twitter.
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Num encontro com diplomatas iranianos no domingo, Hassan Rouhani advertiu Donald Trump que não "brinque com a cauda do leão, porque se o fizer vai arrepender-se".
"Declaram a guerra e depois falam da vontade de apoiar o povo iraniano", disse Rohani dirigindo-se ao presidente dos Estados Unidos. "Não pode provocar o povo contra a segurança e os seus próprios interesses".
Rohani voltou a avisar que o Irão poderá fechar o estreito estratégico de Ormuz, que controla o Golfo e por onde passa cerca de 30% do petróleo mundial que é transportado por via marítima.
"A paz com o Irão será a mãe das pazes e a guerra com o Irão representará a mãe das guerras".
"Sempre que a Europa procurou um acordo connosco a Casa Branca semeou discórdia", disse Rhoani, acrescentando: "Não devemos pensar que a Casa Branca ficará para sempre neste nível de oposição ao direito internacional, contra o mundo muçulmano".
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, reagiu a estas palavras dizendo que os líderes do Irão se assemelha mais a uma "máfia" do que a um governo e que Washington não tinha medo de impor sanções "ao mais alto nível" ao regime de Teerão.
Num discurso perante a diáspora iraniana na Califórnia, Pompeo confirmou que Washington quer que todos os países reduzam as suas importações de petróleo iraniano até "perto de zero", até 4 de novembro, caso contrário enfrentarão sanções dos Estados Unidos.