"Podem confiar na solidez do sistema." Biden tranquiliza norte-americanos após colapso de dois bancos
A Reserva Federal dos EUA anunciou esta segunda-feira que disponibilizará "financiamento adicional" aos bancos norte-americanos.
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O Presidente dos Estados Unidos prometeu apertar as regras bancárias na sequência do colapso de dois bancos norte-americanos nos últimos dias, o Silicon Valley Bank (SVB) e o Signature Bank.
"Vou pedir ao Congresso e aos reguladores bancários que fortaleçam as regras para os bancos para tornar menos provável que este tipo de falência se repita", disse Joe Biden numa conferência de imprensa esta segunda-feira na Casa Branca.
Joe Biden deixou ainda uma mensagem de tranquilidade aos depositantes: os "americanos podem confiar na solidez do sistema bancário". "Os vossos depósitos estarão disponíveis quando necessitarem deles."
"As pequenas empresas em todo o país, que têm contas de depósito nesses bancos, podem respirar mais facilmente sabendo que poderão pagar aos seus funcionários e pagar as contas. Não haverá perdas suportadas pelos contribuintes. O dinheiro virá do Fundo de Garantia pago pelos bancos."
A Reserva Federal dos EUA (Fed) anunciou esta segunda-feira que disponibilizará "financiamento adicional" aos bancos norte-americanos para ajudar a garantir que as instituições tenham capacidade para satisfazer as necessidades "de todos os seus depositantes".
Além disso, revelou Biden, "os administradores dos dois bancos serão demitidos" e que os dois bancos vão passar a ser controlados pelo Estado. "Os investidores destes bancos não vão ser protegidos, eles conhecem os riscos que correm e quando o risco não compensa, os investidores perdem o dinheiro. É assim que funciona o capitalismo."
A falência do Signature Bank, que presta serviços financeiros principalmente a empresas de advocacia e ao ecossistema cripto, representou a segunda maior falência bancária da história dos Estados Unidos, depois do colapso da Washington Mutual em 2008. No final de 2022 tinha ativos de 110,36 mil milhões de dólares (102,86 mil milhões de euros) e depósitos de 88,59 mil milhões de dólares (82,57 mil milhões de euros).