O caso dos irmãos Abdeslam era considerado urgente, muito antes dos atentados de Paris, mas nenhuma unidade da polícia tinha meios para manter a investigação.
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Salah e Brahim Abdeslam não eram desconhecidos das autoridades belgas. Durante algum tempo, e até abril de 2015, os irmãos Abdeslam foram vigiados pela polícia belga, que acabou por interromper a vigilância por falta de meios, segundo o Le Soir.
As autoridades belgas investigaram os irmãos Abdeslam no início de 2015, quando foram informados que Salah e Brahim queriam ir para a Síria. Salah e Brahim acabaram por ser libertados mas foram considerados alvos prioritários, que precisavam de ser monitorizados.
A Polícia Federal belga quis de imediato intercetar todas as chamadas telefónicas e os emails dos irmãos mas, apesar de ser considerado um caso urgente, não havia meios na unidade antiterrorista para prosseguir com a investigação. Ainda se realizaram reuniões para ver se era possível passar a investigação a outra unidade, mas todas tinham falta de meios.
O caso dos irmãos Abdeslam acabou arquivado a 21 de abril de 2015, alguns meses antes dos atentados de Paris, onde ambos participaram.