A polícia de Bruxelas justificou a prisão de mais de cem pessoas, entre os quais seis portugueses, esta quinta-feira, por se estarem a pôr em perigo e a ameaçar o tráfego, noticia o jornal Le Soir.
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Os manifestantes juntaram-se para protestar contra a austeridade, a pretexto de um jantar dos "Amigos da Europa", que designaram como "Banquete dos Ricos", que juntou, entre outros, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o primeiro-ministro de Itália, Mário Monti.
O comissário da divisão de Bruxelas, Luc Ysebaert, disse que a polícia agiu quando os manifestantes entraram num túnel, na Porte Louise, e se encaminharam para a Porte de Namur.
«Um ato perigoso, quando sabemos que se tratava de uma manifestação selvagem», salientou.
«Não estava nada previsto a nível do tráfego. Os automobilistas também estavam a circular no túnel. Era preciso tirá-los [aos manifestantes] do terreno», explicou o comissário.
Luc Ysebaert disse ainda, conforme o Le Soir, que a polícia «cercou e deteve administrativamente» uma centena de manifestantes, após o que os levou para as instalações da polícia federal, em Etterbeek, nos arredores de Bruxelas.
O comissário informou também que não houve resistência às detenções, ocorridas pelas 20h20 (19h20 de Lisboa), e que as pessoas envolvidas já foram libertadas.
O antigo deputado do Bloco de Esquerda (BE) José Gusmão e seis outros cidadãos portugueses estavam entre os detidos.