A polícia chinesa confirmou ter morto a tiro, terça-feira na área tibetana de Sichuan (sudoeste), um «desordeiro», após «ter sido forçada a abrir fogo» contra manifestantes que tentaram tomar de assalto uma esquadra, informa a agência Nova China esta quarta-feira.
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«A polícia foi obrigada a abrir fogo, matando um e ferindo outro», informou a Nova China, que registou 13 detenções.
Citando um polícia, a agência de notícias oficial Nova China escreve que os manifestantes atacaram uma esquadra com «gás, facas e pedras».
«Eles também abriram fogo sobre nós, ferindo 14 policiais», acrescentou a mesma fonte.
A polícia disparou após tentativas falhadas de apelos à calma e de tentar dispersar a multidão sem recurso a armas letais, acrescentou a Nova China.
Entre dois e cinco tibetanos foram mortos a tiros pela polícia chinesa terça-feira, no segundo dia de confrontos na zona tibetana de Ganzi, tinham anunciado anteriormente a organização Free Tibet e a rádio norte-americana Radio Free Asia (FRG).
Na província de Sichuan, perto da região autónoma do Tibete, que tem uma grande população de etnia tibetana, têm ocorrido manifestações desde segunda-feira, sendo estas violentamente reprimidas.
Esta vasta província também foi palco da maioria das 16 imolações ou tentativas de auto-imolação de monges budistas ocorridos em menos de um ano, em protesto contra a repressão da sua liberdade religiosa e da sua cultura.
De acordo com organizações de defesa dos tibetanos, a polícia abriu fogo segunda-feira numa reunião de protesto de tibetanos desarmados perto do mosteiro de Drakgo, também em Ganzi.
«As tentativas de grupos separatistas pró-Tibete sediadas no exterior com vista a distorcer a verdade e desacreditar o governo chinês não terão sucesso», já advertiu o porta-voz da diplomacia chinesa, Hong Lei.