A polícia dispersou no início da madrugada os manifestantes que ocupavam o prédio da Assembleia Legislativa. Há protestos também em Brasília, São Paulo e outras cidades do Brasil.
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A confusão começou quando um grupo de dissidentes da manifestação inicial, que reuniu mais de 100 mil pessoas durante três horas num protesto pacífico, ateou fogo a dois automóveis, atirou pedras e lançou tintas de spray contra as colunas do edifício histórico da Assembleia Legislativa, no centro da cidade do Rio de Janeiro.
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A violência só foi controlada com a chegada da tropa de Choque da Polícia do Rio de Janeiro. Os polícias usaram bombas de gás lacrimogéneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes, de acordo com o jornal O Globo.
De acordo com a Secretaria de Segurança, 20 polícias foram feridos por pedras ou estilhaços de vidros. Oito manifestantes também ficaram feridos, segundo O Globo.
Nas redes sociais, várias pessoas que participaram dos protestos pacíficos durante o final da tarde repudiaram os atos de vandalismo registados no final e sublinharam que são atos de uma pequena minoria que não os representa.
Em São Paulo, manifestantes tentavam, no início desta madrugada, invadir o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado.
Também em Brasília, manifestantes invadiram esta noite o telhado do edifício sede do Congresso Nacional brasileiro. No momento da ocupação, no início da noite de hoje no Brasil (cerca de 23h30 em Lisboa) houve tumultos e correria, mas a manifestação seguiu sem violência, conforme imagens transmitidas pelo canal brasileiro GloboNews.
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A Polícia cercou o Palácio do Planalto, sede da Presidência, para tentar impedir que os protestos atingissem também o edifício.
Outras manifestações ocorrem ainda em Salvador, capital do estado da Baía, no nordeste brasileiro, e em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais.
O foco inicial dos protestos foi o aumento das tarifas nos transportes públicos, mas depressa os manifestantes começaram a gritar por outras causas: contra a corrupção do governo, contra a violência, a repressão a protestos, a realização do Mundial 2014 no Brasil e contra a precária situação dos transportes, da saúde e da educação.