Centenas de manifestantes protegeram-se atrás de guarda-chuvas e cercas.
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A polícia de Hong Kong disparou balas de borracha, gás lacrimogéneo e gás pimenta para dispersar uma manifestação, esta sexta-feira, junto a uma estação de metro na península de Kowloon, uma zona urbana de Hong Kong. Este é o mais recente dos protestos antigovernamentais e, por vezes, violentos, que começaram há mais de três meses.
As centenas de manifestantes, muitos deles mascarados e vestidos de preto, tentaram proteger-se atrás de guarda-chuvas e cercas que encontravam na rua. Apesar do aparato não há notícia de detenções.
"Estamos zangados com a polícia e com raiva do Governo. A polícia foi muito bruta connosco. Não podemos deixá-los escapar", disse Justin, de 23 anos, um dos manifestantes, à agência Reuters.
Os manifestantes dispersaram-se quando a polícia disparou balas de borracha, mas acabaram por se juntar em pequenos grupos para incendiar paletes de madeira e caixas de papelão pelas ruas. Os bombeiros foram chamados para apagar as chamas.
"A polícia usará a força adequada para conduzir uma operação de dispersão e avisar todos os manifestantes para pararem os atos ilegais e saírem imediatamente", explicou a polícia num comunicado.
As estações de metro de Mong Kok e Prince Edward foram encerradas.
As manifestações continuam apesar de a primeira-ministra Carrie Lam já ter anunciado a retirada da polémica lei da extradição.
Os movimentos que organizam os protestos continuam a exigir uma investigação independente à atuação da polícia durante as manifestações dos últimos meses, a demissão de Carrie Lam e a realização de eleições livres para a escolha do novo chefe executivo e do parlamento de Hong Kong.