A polícia fez numerosas detenções de militantes da oposição que tentaram manifestar-se na capital russa e em São Petersburgo contra as eleições parlamentares.
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Em Moscovo, a Praça Triunfalnaia foi cercada por dezenas de polícias e soldados do Ministério do Interior da Rússia para evitar a reunião de manifestantes.
Roman Dobrokhotov, dirigente da organização da oposição Nós, contou à Lusa, por telefone, que foi detido não obstante ter mostrado à polícia a credencial de jornalista.
«Eu mostrei-lhes a credencial de jornalista, mas de nada adiantou. Fui detido e trazido para um carro celular, onde me encontro com mais seis pessoas. Não sei o que vai acontecer depois», acrescentou.
Ao início da tarde, a polícia deteve pelo menos 12 militantes da Frente de Esquerda que tentaram manifestar-se no centro de Moscovo.
Os agentes de segurança detiveram também um número ainda não determinado de pessoas em São Petersburgo. Os opositores consideram que «o escrutínio não passa de uma farsa».
Os partidos que participam nas eleições queixam-se de violações em massa no escrutínio. O Partido Comunista fala em «carrosséis» organizados pelo Partido Rússia Unida, dirigido pelo primeiro-ministro e Presidente do país, Vladimir Putin e Dmitri Medvedev.
O Partido Rússia Justa e o Partido Liberal Democrático acusam as comissões eleitorais de não permitirem o acesso às mesas de voto.
O Partido Rússia Unida contra-ataca, acusando a oposição de «propaganda eleitoral ilegal», como distribuição de panfletos e jornais junto das secções de voto.
A Comissão Eleitoral Central da Rússia anunciou ter recebido mais de 60 queixas, que irá analisar.