A Polícia espanhola duvida da vontade de autodissolução do Ekin, anunciada este sábado e considera que só um comunicado definitivo da ETA dirá se este é um passo definitivo para a paz.
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Uma reflexão tranquila e uma decisão ponderada. É desta forma que se anuncia e justifica o fim da Ekin. Esta é uma consequência natural, dizem os responsáveis, de uma mudança de ciclo politico em Espanha, embora ainda em marcha.
Mas a Polícia desconfia deste discurso, salientando que há a hipótese do Ekin ter optado por montar uma nova estrutura porque esta está «queimada», disseram à Efe fontes da luta antiterrorista.
A organização Ekin anunciou a sua dissolução após 12 anos de existência, noticiou hoje o diário Gara, que cita como fontes membros da direção da estrutura.
Fontes antiterroristas ouvidas pela Efe recordaram que o Ekin, os 'duros' que impunham as teses da ETA ao conjunto da Esquerda Nacionalista, estava já «desmantelado» devido às detenções das forças e corpos de segurança do Estado espanhol.
O primeiro passo foi dado em 2007 quando a Audiência Nacional condenou 46 membros do Kas e do Ekin, e, posteriormente, numa operação da Guarda Civil, em 2010, deteve nove pessoas consideradas líderes do Ekin, todas ficaram presas.
Estas operações «queimaram» as estruturas do Ekin, insistiram as mesmas fontes que advertiram, no entanto, que a notícia de autodissolução deve ser recebida com «cautela».