A polícia israelita recomendou que o primeiro-ministro israelita seja indiciado por «corrupção» e «abuso de poder» em dois casos distintos. A decisão final sobre estas acusações sobre Ehud Olmert será tomada pelo procurador-geral do Estado.
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A polícia israelita recomendou, este domingo, que o primeiro-ministro do país seja indiciado por «corrupção» e «abuso de poder» em dois de seis dossiers relacionados com o chefe do governo do Estado hebreu.
Num destes processos, a polícia acusa Ehud Olmert de ter recebido importantes somas de dinheiro do empresário judeu norte-americano, Morris Talantsky, enquanto presidiu à câmara de Jerusalém (1993-2003), e depois quando foi ministro da Indústria e Comércio (2003-2006).
O chefe do governo israelita é também acusado de fraude na dupla facturação de bilhetes de avião, também antes de ocupar o lugar de primeiro-ministro, cargo que começou a exercer em 2006.
Apesar desta recomendação, apenas o procurador-geral do Estado, Menahem Mazuz, poderá confirmar que Ehud Olmert seja indiciado, uma situação que os advogados do primeiro-ministro israelita se apressaram a destacar.
«As recomendações da polícia não têm interesse. Teria sido preferível que a polícia se abstivesse totalmente de exprimir as suas opiniões sobre uma questão que não lhe diz respeito, não está sob a sua jurisdição, nem sob a sua autoridade», acrescentaram.
Olmert, de 62 anos, que já admitiu ter recebido dinheiro de Talantsky, mas que sempre reclamou a sua inocência, deverá demitir-se da liderança do Kadima depois das eleições de 17 de Setembro que designarão o seu sucessor neste partido.
Os dois principais candidatos à sua sucessão são a actual ministra israelita dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Livni, e o actual ministro dos Transportes e ex-ministro da Defesam, Shaul Mofaz.