Centenas de polícias foram hoje destacados para a sede do partido Puea Thai, no Governo na Tailândia, depois dos manifestantes antigovernamentais se movimentarem para novos "alvos" a ocupar na sua tentativa de derrubar o Executivo.
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O movimento policial surge também depois do Partido Democrata, na oposição, ter declarado o apoio aos manifestantes que pretendem a saída de Yingluck Shinawatra, a chefe do Governo, irmã do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto num golpe militar em 2006, e que acusam de ser manobrada pelo irmão e de corrupção.
O líder do Partido Democrata, Abhisit Vejjajiva, anunciou o apoio aos manifestantes na noite de quinta-feira depois de fracassada uma moção de censura contra o Executivo.
«Ganharam no parlamento, mas não podem escapar à responsabilidade de tentarem lavar a cara a criminosos o que é inaceitável para a população», disse Abhisit Vejjajiva citado pelo diário "Bangkok Post".
As atuais manifestações em Banguecoque e noutras províncias tailandesas são as mais participadas desde 2010 quando os "camisas vermelhas" - apoiantes de Thaksin Shinawatra - saíram à rua e ocuparam mais de dois meses o centro comercial e financeiro da capital num protesto que acabou com a intervenção das autoridades e que deixou 92 mortos e 1.800 feridos.
Além da sede do partido de Yingluck Shinawatra, os manifestantes ocupam também a Praça da Democracia e o Ministério das Finanças num protesto liderado pelo ex-vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban, que abandonou o cargo de deputado e lidera agora o "Movimento Civil para a Democracia".
A oposição acuda o Governo de tentar perdoar os crimes de corrupção de Thaksin Shinawatra com uma lei de amnistia que foi recusada pelo Senado além de procurar uma reforma anticonstitucional da Câmara Alta.
Sobre Thaksin pesa uma pena de dois anos de cadeia por corrupção quando voltar à Tailândia, mas conta com fortes apoios nas zonas rurais do nordeste do país enquanto a oposição está alicerçada na classe média alta de Banguecoque e na elite próxima do exército e da monarquia.