As celebrações do Dia da Independência estão a ser marcadas por alguma violência em Brasília e outras cidades brasileiras. Várias pessoas já foram detidas.
Corpo do artigo
A Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogéneo e gás pimenta para afastar manifestantes do estádio Mané Garrincha, em Brasília, onde a seleção brasileira de futebol disputa hoje um particular.
A zona junto ao estádio já havia sido palco de protestos e de confrontos entre manifestantes e polícias durante a Taça das Confederações, em junho deste ano.
Após a ação da polícia, os manifestantes, entre eles os mascarados do "black block", dispersaram.
Antes, registaram-se confrontos entre manifestantes e a polícia em frente ao Congresso Nacional, sede do Legislativo, onde a polícia usou gás pimenta contra os participantes no protesto. Um prédio da TV Globo foi vandalizado com pedras.
O dia da independência brasileira, comemorado a 07 de setembro, é tradicionalmente um dia de diferentes manifestações nas principais cidades, de grupos que pedem melhores condições para as minorias e criticam a corrupção.
Este ano, no entanto, a onda de protestos vivida no país, em junho, motivou o agendamento de atos pela rede social Facebook em mais de 140 municípios, por membros e simpatizantes do grupo hacker Anonymous, por movimentos sociais e partidos políticos.
Os maiores confrontos entre polícia e manifestantes ocorreram no Rio de Janeiro, onde pelo menos nove pessoas ficaram feridas por estilhaços de bombas de gás, balas de borracha e armas de choque (teaser) e 24 foram detidas, segundo a Polícia Militar.
O esquadrão anti-bombas da polícia local detonou três supostas bombas na avenida Presidente Vargas, que havia sido palco do desfile militar e de uma invasão por parte dos manifestantes.
Nas ruas, houve algumas ações violentas. Manifestantes encapuzados vandalizaram agências bancárias no Rio de Janeiro e em Porto Alegre. Na primeira cidade, pessoas subiram a monumentos e queimaram bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos.
Em Fortaleza, no nordeste brasileiro, 30 pessoas mascaradas foram detidas com paus e pedras, segundo a imprensa local, e agentes entraram em confronto com manifestantes em Belo Horizonte.
Segundo a Globo News, um cão da Polícia Militar mordeu um jornalista, o que gerou confrontos entre repórteres e agentes, que usaram gás pimenta.