Ainda ninguém sabe ao certo a dimensão da vaga que pode atravessar a Croácia. A Cáritas em Zabreg conta à TSF que, para já, as pessoas estão a aceitar serem registadas porque o querem mesmo é seguir viagem.
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Estão determinados a chegar à Alemanha e ao norte da Europa e não há fronteiras fechadas que os travem. Depois da Sérvia e da Hungria, agora é a vez da Croácia.
Mais de mil pessoas chegaram durante esta quarta-feira de manhã à fronteira da Sérvia com a Croácia. Suzana Broko, da Cáritas em Zagreb, diz que as autoridades já estavam à espera deles.
"O ministério do Interior e a policia acolheram-nos e estão a levá-los para serem registados. Depois vão levá-los para locais onde há condições para receber refugiados. Ate agora não houve qualquer problema, os refugiados estão a colaborar", explicou Suzana Borko.
"O facto é que eles não param de chegar mas até agora o ministério do Interior não teve qualquer problema em organizar as chegadas. As pessoas até agora, e segundo a policia não se recusaram a ser registadas", adiantou.
Já no interior da Croácia estes refugiados estão a ser apoiados pela população e Cruz Vermelha.
"O que podemos dizer das informações que nos chegam do terreno é que as pessoas que foram levadas para Tovarnic estão a ser apoiadas pelos habitantes que lhes levam comida. Todos os refugiados estão exaustos e a maioria deles são mulheres e crianças. Trinta voluntários da Cruz Vermelha estão a tratar deles", adianta Suzana Borko.
A Cáritas em Zagreb prefere não prever o que vai acontecer daqui para a frente mas admite que as reuniões da União Europeia possam ainda mudar a situação.
Para estes refugiados, a Croácia é apenas um ponto de passagem. Eles podem seguir para a Eslovénia ou Itália mas quase todos querem chegar à Alemanha, Dinamarca e Noruega.