"Por enquanto." Macron decide manter Attal como primeiro-ministro para "assegurar estabilidade do país"
Considerando que ser primeiro-ministro "é a honra de uma vida", Attal renunciou ao cargo, após a esquerda surgir nas projeções como vencedora
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Emmanuel Macron pediu a Gabriel Attal para se manter no cargo de primeiro-ministro francês, "por enquanto", com o objetivo de "assegurar a estabilidade do país", informa o Le Monde que cita o Palácio do Eliseu.
Na mesma conversa, segundo a BFMTV, o Presidente francês agradeceu a Attal "as campanhas eleitorais europeias e legislativas que liderou".
Por volta das 11h30 locais (menos uma hora em Lisboa), o chefe do Governo francês chegou ao Palácio do Eliseu para apresentar a sua demissão.
A deslocação à residência oficial de Macron ocorre no dia seguinte à segunda volta das eleições legislativas em França. A Nova Frente Popular (aliança de esquerda, na qual está a França Insubmissa, socialistas, ecologistas e comunistas) venceu com 182 deputados, empurrando a coligação Ensemble, da qual faz parte o partido Renascença de Macron, para o segundo lugar, com 168 deputados.
Por esta razão, e considerando que ser primeiro-ministro "é a honra de uma vida", Attal colocou o seu cargo à disposição: "O grupo político que represento demonstrou uma força maior do que o esperado, mas não tem uma maioria. Assim, fiel à tradição republicana e aos meus princípios, apresento a minha demissão." Esclareceu, contudo, que poderá permanecer no cargo "enquanto o dever o exigir", nomeadamente no contexto dos Jogos Olímpicos que o país se prepara para acolher.
