O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, confirmou a retirada da maior parte das armas pesadas na zona de conflito no leste da Ucrânia, assim como dos separatistas pró-russos, numa entrevista à televisão ucraniana.
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«A parte ucraniana retirou a maioria dos seus sistemas de lança-foguetes múltiplos e da sua artilharia pesada», conforme os acordos de paz de Minsk, declarou o Presidente Poroshenko numa entrevista à televisão pública ucraniana na segunda-feira à noite.
«Nós pensamos que os rebeldes apoiados pela Rússia retiraram, igualmente, uma parte considerável» das suas armas pesadas, referiu o chefe de Estado.
Kiev e Londres acusam Moscovo de armar os separatistas e enviar as suas tropas para a Ucrânia, facto que a Rússia nega veementemente, apesar de muitos testemunhos de soldados russos publicados pelos meios de comunicação.
O chefe da diplomacia britânica, Philip Hammond, reiterou estas acusações, acusando o Presidente russo, Vladimir Putin, de tentar «minar» a segurança das nações do leste da Europa, num discurso previsto para hoje e publicado antecipadamente.
«Nós somos, presentemente, confrontados com um dirigente russo que está inclinado a não aderir a um sistema internacional fundado sobre regras e que preserva a paz entre as nações, mais sim miná-lo», referiu Hammond no texto do seu discurso.
«As ações do Presidente Putin - a anexação ilegal da Crimeia (em março de 2014) e atualmente a utilização de tropas russas para desestabilizar o leste da Ucrânia - fundamentalmente minam a segurança das nações soberanas do leste da Europa», afirmou.
O discurso do chefe da diplomacia britânica contra a Rússia acontece no momento que a NATO prepara importantes manobras na Letónia, Lituânia e Estónia.
O Pentágono anunciou na segunda-feira que os Estados Unidos começaram a deslocar 3.000 soldados e equipamentos para estes três países do Mar Báltico. Este deslocamento está inserido no quadro da operação "Atlantic Resolve", lançado pelos Estados Unidos no âmbito da NATO para tranquilizar os países membros e aliados face à Rússia.