Poroshenko espera que cessar-fogo implique diálogo político, Moscovo saúda acordo
O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, afirmou hoje esperar que o acordo de cessar-fogo firmado com os separatistas pró-russos em Minsk, na Bielorrússia, implique um «diálogo político» para a paz e a estabilidade na Ucrânia.
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Petro Poroshenko falava no fim da cimeira da NATO em Newport, no País de Gales (Reino Unido), onde esteve reunido com os chefes de Estado e do Governo dos 28 Estados-membros da Aliança Atlântica.
O fim da cimeira da organização transatlântica coincidiu com o anúncio de um acordo de cessar-fogo para o leste da Ucrânia, firmado em Minsk entre representantes do governo de Kiev e dos separatistas pró-russos, sob a mediação da Rússia e da Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
O início da trégua está previsto para as 18:00 locais (16:00 de Lisboa).
«É muito importante que este cessar-fogo dure muito tempo e que durante a trégua continuemos o diálogo político para encontrar a paz e a estabilidade», afirmou o chefe de Estado ucraniano.
A Presidência russa também saudou o acordo, afirmando que espera que o protocolo seja respeitado «ponto por ponto» e que as duas partes continuem as negociações para uma solução pacífica para o conflito ucraniano.
«Moscovo espera que todas as disposições do documento e os acordos alcançados (em Minsk) sejam respeitados ponto por ponto por todas as partes, e que o processo de negociações com vista a uma solução global para a crise na Ucrânia possa prosseguir», referiu o porta-voz do Kremlin (Presidência russa), Dmitri Peskov, citado pela agência oficial Itar-Tass.
Na capital bielorussa, e apesar do anúncio do cessar-fogo, os rebeldes pró-russos indicaram que continuam a querer a separação da Ucrânia.
«Estamos prontos para o cessar-fogo (...), mas isso não significa que renunciámos à nossa separação da Ucrânia», disse Igor Plotnitski, um dos representantes da autoproclamada República Popular de Lugansk (leste da Ucrânia).