Em entrevista à CNN, Sean Spicer reconheceu que as declarações foram um erro. O assessor da Casa Branca diz que estava tentar mostrar "quão hediondos foram os atos de Assad contra o seu próprio povo".
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Sean Spicer retratou-se publicamente após as palavras proferidas numa conferência de imprensa, acerca do ataque químico ocorrido na Síria, na qual referiu que nem Hitler "desceu ao ponto de usar armas químicas".
Numa entrevista à estação de televisão CNN, o assessor da Casa Branca explicou que estava tentar mostrar o "quão hediondos foram os atos de Assad contra o seu próprio povo" mas acabou por fazer uma "referência inapropriada e insensível" ao Holocausto". "Peço desculpa por isso. Foi um erro."
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As polémicas declarações foram proferidas terça-feira durante a reunião diária com os representantes dos órgãos de comunicação, na qual Sean Spicer discutia o horror dos ataques químicos ocorridos na Síria, que a Casa Branca está a atribuir ao regime de Damasco.
"Não usámos armas químicas na II Guerra Mundial", disse Spicer, acrescentando que "alguém tão desprezível como Hitler (...) não desceu ao ponto de usar armas químicas".
Minutos depois, Spicer tentou corrigir as afirmações, e procurou diferenciar as ações de Hitler do ataque com gás a civis sírios na semana passada. O ataque, ocorrido no norte da Síria, provocou cerca de 90 mortos e o ministro da saúde da Turquia garantiu que os testes revelavam o uso de gás sarin.
"Penso que quando se usa o gás sarin (...) ele (Hitler) não usou o gás da mesma forma que Al-Assad está a fazer, sobre o seu próprio povo", declarou Spicer.
Depois do encontro com jornalistas, o porta-voz da Casa Branca enviou uma mensagem por correio eletrónico aos jornalistas, em que garantiu: "De forma alguma, procurei diminuir a natureza horrorosa do Holocausto. Estava a tentar distinguir entre a tática de usar aviões para lançar armas químicas sobre centros populacionais. Qualquer ataque a pessoas inocentes é repreensível e indesculpável".