Apesar de cauteloso, Paulo Portas rejeitou a proposta de Alemanha para nomear um comissário europeu que controle o orçamento grego. O presidente do Eurogrupo também se mostrou contra.
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O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros falou aos jornalistas sobre a proposta da Alemanha esta segunda-feira, no final de um encontro com o seu homólogo do Peru, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa.
«Sem entrar em especulações, parece-me que há melhores formas de os credores verem satisfeitos os seus créditos e de os devedores cumprirem as suas obrigações», disse apenas.
Antes, Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogrupo, tinha afirmado, ao chegar ao local onde decorre a cimeira europeia desta segunda-feira, que se opõe «fortemente» à ideia da Alemanha, considerando-a «inaceitável».
«Estou firmemente contra a ideia de impor um comissário com essa missão só para a Grécia. Isso não é aceitável», disse o também primeiro-ministro do Luxemburgo.
Por seu lado, Pedro Passos Coelho não falou aos jornalistas ao chegar a Bruxelas.
Já o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, não rejeitou o plano alemão. «A Grécia não está a corresponder às reformas e é por isso que estamos a ter esta discussão. É compreensível», afirmou.