A conclusão é de um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, divulgado esta quinta-feira, que revela, no entanto, que Portugal está no grupo de países que menos apoios financeiros concede aos estudantes.
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A solução para promover o acesso e frequência do Ensino Superior seria combinar um nível moderado de propinas com fortes sistemas de ajuda financeira.
É uma das conclusões que consta do último relatório de Educação realizado pela OCDE.
O estudo dá o exemplo de quatro países com sistemas bem desenvolvidos neste campo: Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido e os Estados Unidos.
No entanto, Portugal está acima da média na percentagem de alunos que chegam à universidade: 80 por cento conseguem fazê-lo.
Mas, o país continua abaixo da média no que diz respeito aos apoios financeiros: menos de 20 por cento da despesa pública é reencaminhada para o sector, ainda para mais com uma agravante: os peritos da OCDE sugerem que os países, onde os alunos podem beneficiar de um grande apoio financeiro, têm níveis de acesso acima da média.
Mais propinas também não significam mais sucesso: finlandeses, islandeses, noruegueses e suecos não pagam tanto, recebem mais ajudas e têm taxas igualmente elevadas de ingresso no ensino superior.
O documento conclui ainda que Portugal está incluído no grupo de países em que os estudantes têm menos apoios, mas também pagam menos pela educação universitária, apesar de contarem com um acesso mais limitado a ajudas financeiras.
Deste conjunto fazem também parte países como a Espanha, a Áustria, a Bélgica, a Itália ou o México.