A ajuda a Moçambique vai ser "não executiva". Formação, treino, equipamentos mas não "botas no terreno". Entrevista do Ministro da Defesa João Gomes Cravinho ao programa O Estado do Sítio, na TSF.
Corpo do artigo
Antes de partir de Maputo, o Ministro da Defesa resumiu para a TSF uma visita que considera muito produtiva, um "diálogo muito positivo e prático".
Portugal vai ajudar Moçambique a combater o terrorismo no norte do território, nomeadamente na província de Cabo Delgado, mas será uma missão "não executiva", nas palavras de João Gomes Cravinho. A ajuda portuguesa ao país africano terá início em janeiro de 2021. O titular da pasta da Defesa Nacional revela ao programa O Estado do Sítio (entrevista na íntegra na TSF, este sábado depois das 12h e em www.tsf.pt) que "normalmente, quando falamos de missões internacionais falamos de missões executivas e não executivas; as missões executivas são aquelas em que as forças internacionais exercem poderes soberanos e se envolvem diretamente no combate e na imposição da paz. Aqui estamos a falar de uma missão não executiva, que pretende sobretudo criar as melhores condições para que as autoridades e as instituições moçambicanas possam elas próprias exercer a soberania".
13019117
Será, por conseguinte, uma missão mais baseada na formação e treino das forças armadas de Moçambique: "sim. Formação, treino, equipamento, apoio na organização logística, e, no fundo, criação de condições para que sejam os moçambicanos a fazer aquilo que precisam de fazer para que haja paz em Cabo Delgado".
João Gomes Cravinho realça que "Portugal tem estado presente no combate ao terrorismo internacional, que tem sempre especificidades locais. Portugal tem estado muito presente no Afeganistão, no Iraque, no Mali, seria estranho que não tivesse disponibilidade para apoiar um país tão próximo de nós e com relações tão fraternas, como é o caso de Moçambique".
13022420
12443890