Tiago Antunes afirma que "há desafios muito grandes neste tema das migrações: é preciso acabar com o negócio dos traficantes de seres humanos".
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O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes afirma que Portugal está disponível para acolher "algumas pessoas" das que chegaram nos últimos dias em embarcações à ilha italiana de Lampedusa.
Tiago Antunes admite que ainda não está em condições de avançar um número concreto, mas afirma que já manifestou a disponibilidade às autoridades europeias.
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"Temos sempre expressado a nossa solidariedade e a disponibilidade para acolher migrantes quando estas situações ocorrem e, portanto, perante a grande pressão que está a ocorrer ou quando há algum naufrágio, a nossa atitude é sempre de solidariedade e de disponibilidade para acolher", afirma o secretário de Estado.
Especificando que se trata de um gesto no âmbito do mecanismo voluntário de solidariedade, Tiago Antunes admite que ainda não lhe e possível avançar um número em concreto.
"Não estou ainda em condições de dar um número, mas naturalmente já manifestámos a disponibilidade para acolher algumas pessoas", afirmou, em Bruxelas, em declarações aos jornalistas, à margem de um conselho de Assuntos Gerais.
O secretário de Estado reconhece que "há desafios muito grandes neste tema das migrações e é preciso acabar com o negócio dos traficantes de seres humanos e isso é uma dimensão muito importante".
Criticando a "exploração da situação de fragilidade de algumas pessoas, que são levadas para uma situação de risco no mar", Tiago Antunes defendeu que "é preciso atuar de forma decidida a acabar com esse modelo de negócio e é preciso também criar canais regulares e seguros de migração".
"A melhor forma de evitar estes flagelos é manifestar disponibilidade para aceitar trabalhadores, de que, aliás, a Europa precisa", afirmou, lembrando que "um dos principais problemas das nossas PMEs é justamente a falta de mão de obra e, portanto, precisamos de mão de obra e isso é um uma das vias para essa mão de obra, que necessitamos na União Europeia, é também por via das migrações".