O ano Magalhães. 2019 em Portugal e no Chile

O primeiro-ministro português e a Presidente da República do Chile consideraram hoje que a melhor forma de comemorar o quinto centenário da circunavegação de Fernão Magalhães é aproximar mais os dois países, afirmando o multilateralismo.

António Costa e Michelle Bachelet assumiram esta posição na declaração conjunta que se seguiu a uma reunião dos executivos do Chile e de Portugal no Palácio La Moneda, sede do Governo chileno.

"Há cerca de 500 anos Magalhães uniu-nos para sempre. Queremos que o quinto centenário da primeira viagem de circunavegação (1519-1522) seja um momento para afirmamos valores comuns que são muito importantes no dia de hoje, como o do multilateralismo", declarou António Costa.

Antes, já a Presidente da República chilena tinha identificado uma semelhança entre os dois países, dizendo que, tanto Portugal, como o Chile, "fizeram do mar um aliado".

"É especialmente emocionante que em 2019 se comece a comemorar os 500 anos da expedição de Fernão Magalhães. Esse deve ser um momento para reforçar as relações históricas entre as nossas nações", sustentou a chefe de Estado chilena.

Neste ponto, Michelle Bachelet defendeu que a rota de Magalhães deverá ser declarada património intangível da humanidade pela UNESCO.

E foi neste ambiente de plena concordância política que António Costa se referiu à razão de estar agora em visita oficial ao Chile, três meses depois de a Presidente Bachelet ter estado em visita de Estado em Portugal.

Numa alusão às próximas eleições presidenciais chilenas, em novembro deste ano, nas quais Michelle Bachelet não se poderá candidatar, o primeiro-ministro declarou: "Tenho uma amizade especial pela Presidente Michelle Bachelet".

"Fiz questão que esta minha visita fosse ainda durante o seu mandato presidencial, porque as relações pessoais são também uma ponte muito importante para consolidar as relações económicas, políticas e culturais entre os povos", acrescentou António Costa.