As entidades portuguesas estão a aguardar respostas do Governo moçambicano para se avance com apoios humanitários e técnicos no país.
Corpo do artigo
O ciclone Idai deixou "largas dezenas de portugueses sem casa" e com bens pessoais e empresas "muitíssimo afetados", em alguns casos até com "impossibilidade" de os negócios funcionarem. Maria Amélia Paiva, embaixadora de Portugal em Moçambique, revelou, em declarações à RTP, que muitas pessoas estão em casas de familiares e amigos, ou mesmo em hotéis.
A embaixada está a fazer uma identificação mais precisa para que se chegue a "um número mais concreto de portugueses que precisam de ajuda alimentar, medicamentosa e, eventualmente, de evacuação", seja para Maputo ou para Portugal.
Esta tarde, Augusto Santos Silva reiterou que, até ao momento, não há vítimas mortais portuguesas registadas, mas "do ponto de vista dos bens há muitas perdas".
O ministro dos Negócios Estrangeiros fala numa "situação dramática", assegurando que "Portugal estará na linha da frente no apoio internacional humanitário e técnico a Moçambique nesta hora muito difícil".
Para que tal aconteça, o governante explica que está a ser feito um "levantamento de capacidades" para que, logo que o Governo moçambicano peça apoio, ele poder ser prestado por Portugal".
Esta terça-feira, Bruxelas anunciou que vai ajudar a população de Moçambique com três milhões e meio de euros, um plano de apoio para quem foi afetado pela passagem do ciclone Idai.
O porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades de Moçambique, Paulo Tomás, disse à TSF que a prioridade continua a ser salvar pessoas.
"Estamos com 84 vítimas mortais, mas os trabalhos continuam e, conforme as águas vão baixando, vão-se descobrindo mais corpos", explica, avançando que ficaram feridas quase duas mil pessoas feridas só na cidade da Beira.
Paulo Tomás avisa ainda que o temporal vai continuar em Moçambique pelo menos mais alguns dias.