Governo português vai defender em Bruxelas que "não se deve sacrificar o conteúdo" do acordo de parceria transatlântica de comércio e investimento com os EUA para cumprir o calendário definido.
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Em entrevista à TSF, Margarida Marques, secretária de Estado dos Assuntos Europeus, explica que o Acordo de Livre Comércio e Investimento Transatlântico (TTIP, na sigla inglesa) entre a União Europeia e os Estados Unidos devia ficar concluído até ao final do mandato de Barack Obama, "mas isso não deve condicionar uma boa negociação para a Europa".
Margarida Marques sublinha que os Estados membros deram um mandato à Comissão Europeia para negociar com a administração norte-americana um calendário definido "que ainda não foi alterado". A secretária de Estado dos Assuntos Europeus, lembra que "era expectável que houvesse acordo antes do fim do mandato de Obama", mas defende que tudo está ainda em aberto.
A governante explica que as vozes mais críticas que se têm feito ouvir, nomeadamente da Alemanha e da França, "devem explicar as suas razões" na próxima reunião informal do Conselho Europeu de Comércio, agendado para setembro.
Margarida Marques lembra que o acordo de comércio com o Canadá demorou cinco anos a ficar concluído e o TTIP está a ser negociado há três.
A secretária de Estado reitera, assim, que a Europa deve bater-se "por um bom acordo" com os EUA, até porque, salienta, é um acordo benéfico para a Europa.