Vários incêndios descontrolados devastaram o sudeste do país na véspera do Ano Novo, matando oito pessoas e tornando-se no dia mais mortífero desde o início da crise.
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O Governo português lamentou as mortes ocorridas e os danos materiais devido aos violentos incêndios que atingem a Austrália, num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
"O Governo português lamenta profundamente as perdas de vidas humanas e os avultados danos materiais causados pelos numerosos e violentos incêndios que têm assolado na Austrália, num contexto de aumento global de fenómenos climatéricos extremos", refere a nota divulgada pelo MNE.
No comunicado, "o Governo português apresenta as suas mais sentidas condolências às famílias das vítimas e expressa a sua profunda solidariedade para com o povo e o Governo da Austrália, desejando que este difícil período seja brevemente superado e que, nas áreas mais afetadas, a vida retorne à normalidade".
A Austrália autorizou hoje a retirada forçada de moradores dos estados mais devastados pelos incêndios, como Nova Gales do Sul, numa altura em que os serviços meteorológicos alertam para um novo pico de calor no sábado.
A chefe do Governo estadual de Nova Gales do Sul, Gladys Berejiklian, declarou hoje um estado de emergência com duração de sete dias para permitir a retirada forçada de pessoas a partir de sexta-feira.
Desde o início da temporada de incêndios, em setembro, esta é a terceira vez que é declarado um estado de emergência na Nova Gales do Sul, o estado mais populoso da Austrália.
A declaração foi feita pouco depois de os bombeiros de Nova Gales do Sul terem pedido aos turistas para saírem de uma área costeira de 200 quilómetros de extensão, que abrange a pitoresca cidade de Batemans Bay (a cerca de 300 km ao sul de Sydney) e se estende até ao sul do estado de Victoria.
Vários incêndios descontrolados devastaram o sudeste do país na véspera do Ano Novo, matando oito pessoas e tornando-se no dia mais mortífero desde o início da crise.
Desde setembro, os incêndios na Austrália já provocaram a morte de pelo menos 18 pessoas, mas o balanço poderá subir, já que as autoridades de Victoria avisaram hoje que há 17 pessoas desaparecidas naquele estado.
Os apelos feitos pelas autoridades são para as pessoas saírem das áreas assinaladas antes de sábado, dia em que se esperam fortes rajadas de vento e temperaturas acima dos 40°C.
Desde o início da temporada de incêndios, mais de 1.300 casas foram reduzidas a cinzas e 5,5 milhões de hectares foram destruídos, o que representa uma área maior que a de um país como a Dinamarca ou a Holanda.