Depois da crise da expulsão dos portugueses de Timor-Leste, os dois países vão estreitar a cooperação militar. Aguiar Branco e Xanana Gusmão estiveram reunidos várias horas, mas o ministro da Defesa português garante que o tema do incidente diplomático nem sequer foi abordado.
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Se na área da Justiça, os protocolos de cooperação entre Portugal e Timor-Leste estão suspensos, na área da Defesa acontece o contrário. A cooperação vai até ser reforçada, independentemente do que aconteceu com a expulsão dos portugueses de Timor. O governo de Dili pediu mais ajuda e Portugal não recusou.
A Justiça tomou uma atitude diferente da que foi assumida pela pasta da Defesa. De visita oficial à capital timorense, o ministro Aguiar Branco assinou um acordo que aumenta a cooperação com Timor nesta área.
Vai ser criado um centro de formação de língua portuguesa para militares timorenses. Xanana Gusmão recordou que Timor não tem Força Aérea e por isso pediu também ajuda ao governo português que acedeu ao pedido do primeiro-ministro de Timor.
Aguiar Branco é o primeiro membro do governo a deslocar-se a Timor depois do incidente diplomático que levou à expulsão de cidadãos portugueses do país, mas o ministro garante que nem sequer tocou no tema com Xanana Gusmão.
Sobre o reforço da cooperação militar, o ministro da Defesa não quis revelar quando vai gastar o governo de Lisboa.
(A TSF viajou a convite do Ministério da Defesa)