Informação foi avançada este sábado pelo secretário de Estado das Comunidades. José Luís Carneiro adiantou que o estado de saúde do português é "muito delicado" e que está a ser dado todo o apoio à família.
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O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, visitou este sábado o jovem português que ficou gravemente ferido no atentado terrorista em Carcassone.
À saída do hospital, José Luís Carneiro, indicou que o português, de 26 anos, está em coma induzido, "com uma situação muito reservada". O jovem "tem uma bala alojada no cérebro, é uma situação de muita sensibilidade".
Ouvido pela TSF, José Luís Carneiro referiu que a vítima está numa unidade de neurocirurgia em coma induzido, devendo assim permanecer durante alguns dias, enquanto são realizados exames e avaliações médicas. Isto porque a bala está alojada numa zona do cérebro que não permite extração imediata, pelo menos, segundo as informações que foram transmitidas pelos responsáveis hospitalares ao secretário de Estado.
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O governante adiantou que está a ser dado à família apoio psicológico, de alimentação e alojamento. Além disso, os serviços consulares estão também a tratar da documentação da família, uma vez que só o pai do jovem estava inscrito nos serviços consulares por residir há mais tempo em França.
A família tem origem na zona de Coimbra e o pai estava há 11 anos a residir em França. O jovem encontra-se a viver no país há cerca de dois anos.
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"É importante para nós garantir que esta família terá todo o apoio. Hoje mesmo à tarde a família deve encontrar-se com uma associação de apoio às vítimas de atentados terroristas", afirmou o secretário de Estado das Comunidades.
Na sexta-feira ao fim da tarde, o secretário de Estado tinha dado a informação de que um cidadão de nacionalidade portuguesa estava entre os mortos no ataque terrorista, por assim ter sido informado pelas autoridades locais. A informação errada tinha sido inadvertidamente dada pelos responsáveis de gestão de crise ao vice-cônsul português.
Isto terá ocorrido porque o jovem português tinha os seus documentos de identificação no carro onde seguia com um amigo, um cidadão francês, que acabou por morrer no ataque.
À TSF, o secretário de Estado das Comunidades lamentou o "erro de comunicação" e mas lembra que "são situações que acontecem em circunstâncias desta natureza", por vários motivos.
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O ataque ocorreu em Carcassonne e Trèbes, no sul de França e provocaram quatro mortos, incluindo o atacante. O atacante sequestrou trabalhadores e clientes num supermercado, afirmando agir em nome do grupo extremista Estado Islâmico.
Durante a noite, a polícia francesa deteve um segundo suspeito do ataque de sexta-feira. Uma fonte judicial adiantou que se trata de um menor, amigo do autor do atentado. Ontem, foi detida uma mulher.
Este sábado de manhã, o número de mortos do atentado subiu para quatro. Morreu o oficial de polícia que se entregou em troca da libertação de reféns O oficial de 45 anos, casado e sem filhos, foi gravemente ferido pelo autor dos ataques, Redouane Lakdim.