Português morreu em ataque com faca no leste de França. Macron diz que é “ato terrorista islâmico”
Dois polícias ficaram feridos com gravidade
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Um português morreu este sábado num ataque com faca no leste de França. O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirma que se trata de um "ato terrorista islâmico". Dois polícias foram feridos com gravidade.
A vítima mortal é um homem de 69 anos com nacionalidade portuguesa, de acordo com os procuradores de Mulhouse, cidade onde aconteceu o ataque, citados pela Agence France-Presse (AFP). A informação foi confirmada mais tarde pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
"Um cidadão português de 69 anos que se encontrava no local ter-se-á interposto entre os polícias e o atacante, tendo sido esfaqueado e morto", disse a porta-voz do MNE à TSF, acrescentando que "ficaram feridas outras cinco pessoas, incluindo os polícias [dois deles feridos graves]".
O ataque aconteceu na cidade de Mulhouse, por volta das 15h00, após uma manifestação de apoio ao Congo, e foi alegadamente cometido por um homem de 37 anos.
A unidade nacional de procuradores antiterrorismo (PNAT) da França, que assumiu a responsabilidade pela investigação, disse que o suspeito atacou primeiro os policias municipais, gritando “Allahu Akbar”.
Emmanuel Macron afirmou não haver “qualquer dúvida” de que o incidente foi “um ato terrorista”, especificamente “um ato terrorista islâmico”. O governo francês está determinado a continuar a fazer “tudo para erradicar o terrorismo” no país, acrescentou.
O autarca de Mulhouse disse que o incidente estava a ser investigado como um ataque terrorista, já que o alegado agressor está numa lista de suspeitos terroristas, disse à AFP o procurador Nicolas Heitz. A lista é feita com base em várias autoridades e indivíduos, com o objetivo de evitar a radicalização de terroristas.
A lista foi lançada em 2015, depois dos ataques contra o jornal satírico Charlie Hebdo.
