Margarida Sousa é uma portuguesa que reside num prédio ao lado do Bataclan, a sala de concertos alvo dos ataques de ontem. À TSF, ela recorda o momento em que abriu a porta de casa para socorrer mais de uma dezena de sobreviventes dos atentados de Paris.
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"Uma noite horrivel", é assim que Margarida qualifica a noite de sexta-feira. Á TSF diz que estava ao telefone com a filha quando de repente "vejo muita juventude, eram á volta de 40(...) a gritar por socorro cheios de sangue". "Cinco estavam com balas no corpo".
Margarida é a porteira do prédio e conta que "acolheu em casa uma jovem com duas balas nas costas, outros com balas nos braços. As pessoas queriam esconder-se porque sabiam que estavam em perigo".
Há 35 anos a viver em Paris, Margarida já tinha assistido em janeiro a toda a agitação em torno do ataque à sede do Charlie Hebdo, que se encontra também muito perto de sua casa e agora teme que se esteja perante o início de uma guerra.
Apesar do medo e da confusão, Margarida diz que "não podia virar as costas às pessoas".