Posse de Trump: Netanyahu garante que os “melhores dias” da aliança EUA-Israel estão para vir
O primeiro-ministro israelita saudou os “momentos revolucionários” que marcaram o primeiro mandato de Trump: "Retirou-se do acordo nuclear perigoso com o Irão, reconheceu Jerusalém como capital de Israel, transferiu a embaixada dos EUA para Jerusalém e reconheceu a soberania de Israel sobre os Montes Golã”
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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, felicitou esta segunda-feira o novo Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, e garantiu que “os melhores dias” para as relações entre os dois países ainda estão para vir.
“Os melhores dias da nossa aliança ainda estão para vir”, afirmou o primeiro-ministro israelita num vídeo publicado na rede social X. “Acredito que trabalharmos juntos novamente levará a aliança EUA-Israel a patamares ainda mais elevados”, acrescentou Netanyahu.
O chefe do Governo israelita saudou ainda os “momentos revolucionários” que, segundo Netanyahu, marcaram o primeiro mandato de Donald Trump (2017-2021).
“[Donald Trump] retirou-se do acordo nuclear perigoso com o Irão, reconheceu Jerusalém como capital de Israel, transferiu a embaixada dos EUA para Jerusalém e reconheceu a soberania de Israel sobre os Montes Golã”, enumerou Netanyahu.
“[Trump] negociou os históricos Acordos de Abraão, ao abrigo dos quais Israel estabeleceu a paz com quatro países árabes”, prosseguiu o líder israelita, manifestando-se confiante de que a aliança entre os dois países irá “finalizar a derrota do eixo do terror iraniano”, referindo-se ao grupo xiita libanês Hezbollah, ao movimento islamita palestiniano Hamas, aos rebeldes Huthis do Iémen e a vários outros grupos extremistas da região, que fazem parte do chamado “eixo de resistência” contra Israel liderado pelo Irão.
Netanyahu agradeceu ainda a Trump pelos seus “esforços” para libertar os reféns israelitas detidos pelo Hamas desde o ataque que visou o sul de Israel a 7 de outubro de 2023.
“Estou ansioso por trabalhar consigo para trazer de volta os últimos reféns, destruir as capacidades militares do Hamas, pôr fim ao seu poder político em Gaza, e garantir que Gaza nunca mais volte a representar uma ameaça para Israel”, sublinhou o primeiro-ministro israelita, um dia depois do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas ter entrado em vigor na Faixa de Gaza e de ter permitido a entrega, no domingo, de três reféns israelitas.
Donald Trump foi esta segunda-feira empossado como o 47.º Presidente dos Estados Unidos, numa cerimónia no Capitólio (sede do Congresso norte-americano) em Washington, que marca o seu regresso para um segundo mandato na liderança da Casa Branca.
A cerimónia em Washington foi marcada pela presença de políticos internacionais populistas e de extrema-direita, mas com poucos responsáveis governamentais e sem líderes da União Europeia, à exceção da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
O político republicano foi Presidente entre 2017 e 2021, após perder a reeleição em 2020 para o democrata Joe Biden, a quem sucede agora no cargo.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas ao sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, no qual mais de 1200 pessoas foram mortas e cerca de 250 foram levadas como reféns para o enclave, controlado pelo Hamas desde 2007. Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, provocando mais de 47 mil mortos e cerca de 111 mil feridos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
Após 15 meses de conflito na Faixa da Gaza, o Hamas e Israel assinaram um acordo de cessar-fogo de seis semanas que entrou em vigor no domingo, durante o qual 33 reféns israelitas serão gradualmente trocados por mais de 1900 prisioneiros palestinianos.
