A exigência chegou através de uma carta do vice-presidente do PPE (Partido Popular Europeu), o espanhol Esteban González Pons, subscrita por todos os deputados do grupo e também de outras delegações.
Corpo do artigo
No curto texto do comunicado, o PPE exige um pedido formal de desculpas a Jeroen Dijsselbloem, considerando que o holandês já não tem condições para continuar a ser presidente do Eurogrupo. Por isso, o PPE exige que Dijsselbloem tome a iniciativa de pedir a demissão do cargo.
TSF\audio\2017\03\noticias\28\joao_francisco_guerreiro_ppe
No PPE têm-se erguido várias vozes contra a permanência de Dijsselbloem no Eurogrupo, nomeadamente a do português Paulo Rangel. Ainda assim esta é a primeira ação formal para exigir consequências depois de Jeroen Dijsselbloem ter feito declarações consideradas ofensivas e discriminatórias.
A carta, redigida pelo vice-presidente do Grupo do PPE, o espanhol Esteban Gonzalez Pons, foi subscrita por todos os deputados do grupo europeu do PSD e por vários deputados de outras delegações do PPE.
O presidente do Grupo Parlamentar, o alemão da CSU, Manfred Weber, registou o momento da assinatura, durante uma cerimónia no Parlamento Europeu, em Bruxelas.
A carta refere que presidente do Eurogrupo deve ser credível e capaz de unir, considerando-se que a atitude de Dijsselbloem divide.
Na sequência deste pedido formal, Paulo Rangel, ouvido pela TSF, desafiou outras famílias políticas a fazerem o mesmo, lembrando que uma coisa são declarações isoladas e outra coisa é uma posição formal de um partido.
TSF\audio\2017\03\noticias\28\paulo_rangel_2_iniciativas_outros_grupos
O eurodeputado socialista Carlos Zorrinho diz que só pode aplaudir o facto de o PPE ter "tirado o tapete" ao homem que foi o porta-voz da direita europeia. Mas, na resposta ao desafio de Paulo Rangel, Zorrinho lembra que os socialistas europeus no momento certo já tinham pedido a demissão do presidente do Eurogrupo.
TSF\audio\2017\03\noticias\28\carlos_zorrinho_1_14h