Preservar memória e homenagear vítimas: Madrid assinala aniversário dos atentados de 11 de março
A data recorda os atentados de 2004 em Madrid e assinala o Dia Europeu das vítimas de terrorismo
Corpo do artigo
11 de março de 2004. Às 07h37, três bombas explodiram num comboio parado na estação de Atocha. Um minuto depois, duas explosões ocorreram na estação de El Pozo e outra na de Santa Eugénia. E às 07h39, mais quatro bombas explodiram noutro comboio a 500 metros de Atocha. Em três minutos, dez explosões transformaram Madrid no cenário do pior atentado de sempre em solo europeu. Morreram 192 pessoas e cerca de 2000 ficaram feridas.
Passaram 21 anos e a data continua a ser assinalada a vermelho no calendário espanhol, numa ferida que nunca chegou a sarar. “O terrorismo é e continuará a ser uma das maiores ameaças que sofrem os países democráticos”, disse o ministro da Administração Interna, Fernando Grande Marlaska, num ato antecipado de homenagem às vítimas.
“Recordamos porque a memória não pertence aos terroristas nem aos seus fanáticos. A memória é nossa, pertence à sociedade espanhola, que defendeu sempre os seus desejos de paz e de liberdade. Não podemos recuperar as vítimas, mas podemos impedir o esquecimento, reparar a sua dor e a sua honra”, frisou.
O ministro sublinhou ainda a importância de transmitir o que aconteceu para que a história não se repita: “É imprescindível que as gerações seguintes sejam conscientes da gravidade daquilo que vivemos. Da dor inútil e irracional que provoca o terrorismo às sociedades. Incutir o tamanho desta tragédia nas gerações seguintes é a melhor forma de evitar que se volte a repetir.”
Os atos de homenagem ocorrem um pouco por todo o país. Em Madrid, o ato oficial do Governo regional e da Câmara Municipal aconteceu às 09h00. A presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, e o presidente da Câmara Municipal, José Martínez Almeida, depositaram uma coroa de louros na fachada do edifício do governo regional, na Praça do Sol, ao som das badaladas do relógio do edifício.
Mais tarde associação 11M organiza uma concentração na estação de comboio de Atocha e a associação das vítimas do terrorismo reúne-se no Parque do Retiro, junto ao monumento de homenagem às vítimas.
