Presidente Conselho Europeu: abdicar de interesses nacionais será a maior dificuldade
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, considera que abdicar de interesses nacionais a favor da política de imigração é, por ventura o ponto da agenda mais difícil de solucionar. Mas Donald Tusk afirma que não resta alternativa a não ser encarar o problema.
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"Temos de debater como reforçar a solidariedade europeia e a responsabilidade comum. Temos de discutir questões difíceis como realojamento e os procedimentos com os pedidos de asilo".
Donald Tusk não esconde que são questões difíceis de abordar. "Porque é que é tão difícil? Porque, na verdade, será um debate sobre a prontidão para sacrificar alguns interesses nacionais para o bem comum. E, este é o assunto mais desafiador no debate".
Para Tusk, que falava à entrada da cimeira extraordinária, em Bruxelas, não se deve esperar grandes resultados desta cimeira.
"Deixem-me ser claro: que ninguém tenha a ilusão que possamos resolver hoje o problema. Não, nós não conseguimos. Porque as causas reais são a guerra, a instabilidade e a pobreza em toda a região. E, de certeza, a Europa não é a causa de toda a situação no mediterrâneo".
O presidente do Conselho Europeu diz esperar que os 28 concordem que é preciso fazer um esforço enorme para lidar com as piores consequências dos naufrágios, esperando ainda por medidas concretas.
Os líderes da União Europeia reúnem-se hoje, em Bruxelas, numa cimeira extraordinária que tem como objetivo "prevenir que mais pessoas morram no mar" Mediterrâneo, onde ainda no passado fim-de-semana várias centenas de imigrantes perderam a vida num naufrágio