Segundo o serviço de imprensa do presidente ucraniano Petro Poroshenko, o despenhamento do avião das Linhas Aéreas da Malásia foi um «ato terrorista».
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Este responsável não exclui também a hipótese de o avião das linhas aéreas da Malásia que hoje se despenhou no leste da Ucrânia tenha sido «abatido».
«É o terceiro caso trágico nos últimos dias, após os aviões Na-26 e Su-25 das forças armadas ucranianas, abatidos a partir de território da Rússia», declarou Poroshenko num comunicado da Presidência.
«Não excluímos que este avião [malaio] possa ter sido abatido e sublinhamos que as forças armadas ucranianas não efetuaram disparos suscetíveis de atingir alvos nos ares», acrescenta, antes de apresentar as condolências às famílias das vítimas.
Previamente, o embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vitaly Tchourkine, já tinha rejeitado as acusações de Kiev, enquanto um responsável do Ministério russo da Defesa considerava «absurdas todas as acusações precedentes formuladas por Kiev contra a Rússia».
As linhas aéreas malaias já confirmaram que o aparelho que se despenhou, mas sem indicar as razões, segundo um comunicado do conselho de administração da empresa citado pela AFP.
«O número de vítimas é ainda desconhecido», refere o comunicado, precisando que o avião se despenhou numa zona controlada pelos separatistas pró-russos.
O aparelho, um Boeing-777 da Malaysia Airlines, que fazia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur, desapareceu dos radares da Ucrânia a uma altitude de 10.000 metros, segundo fontes policiais ucranianas citadas pela agência noticiosa russa Interfax.
O aparelho perdeu a comunicação com terra na região oriental de Donetsk, perto da cidade de Shaktarsk, e palco de combates entre forças governamentais ucranianas e rebeldes federalistas pró-russos.