O presidente da Venezuela Nicolás Maduro disse hoje que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, tinha manifestado apoio ao governo venezuelano, que tem sido alvo de manifestações de estudantes e da oposição no último mês.
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Maduro anunciou, na segunda-feira à noite através do Twitter, que Putin tinha «endereçado uma mensagem de confiança» à Venezuela, depois de ter assinado em Moscovo «acordos de ajuda financeira» com o ministro venezuelano do petróleo Rafael Ramirez.
Ramirez, que é também presidente da companhia petrolífera nacional, tinha estado anteriormente na China, onde, segundo o presidente, concluiu uma série de acordos "económico-financeiros".
Não foram dados mais pormenores sobre estes acordos entre Moscovo e Pequim.
Os anúncios surgem no mesmo dia em que estudantes e oposição terminam um mês de manifestações, que começou a 04 de fevereiro, para protestar contra o custo de vida, a escassez frequente de produtos essenciais e a insegurança do país.
Os atos de violência que acompanharam os protestos fizeram 18 mortos e mais de 260 feridos.
Para hoje está prevista uma nova marcha a leste de Caracas, zona que tem sido o centro da contestação.
O governo, por outro lado, prepara-se para comemorar na quarta-feira, a morte do ex-presidente Hugo Chavez (1999-2013), vitimado por um cancro há um ano e que tem sido objeto de culto no seu país.