O reforço de poderes de Nicolas Maduro surge um dia depois de declarações de Obama sobre o risco que representa para os EUA a situação na Venezuela.
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, passa a partir deste domingo a legislar por decreto, sem precisar dos deputados, segundo uma petição aprovada hoje numa sessão extraordinária do parlamento venezuelano.
A maioria parlamentar aprovou a chamada «lei habilitante anti-imperialista», que permite a Maduro legislar, sem passar pelos deputados, com o objetivo de «assegurar a soberania e a paz do país», consideradas ameaçadas perante os Estados Unidos.
A concessão de poderes é para os campos da defesa e da segurança e tem a duração de meio ano.
Na semana passada, o presidente norte-americano Barack Obama declarou que existe uma situação de «emergência nacional» nos Estados Unidos devido ao «extraordinário risco» que representa a situação na Venezuela para a segurança norte-americana. Obama ordenou ainda a aplicação de novas sanções a sete altos responsáveis venezuelanos, atuais e antigos, que acusa de violação dos direitos humanos.
As sanções a aplicar a sete altos responsáveis venezuelanos, entre os quais o diretor-geral dos serviços secretos e o diretor da polícia nacional, preveem a proibição de entrada nos Estados Unidos e o congelamento de bens.
Nicolás Maduro fez o pedido de reforço de poderes um dia depois das declarações de Obama e este domingo viu satisfeito o desejo. Na apresentação da lei, a deputada Tania Diz afirmou « os EUA só querem deitar a mão às riquezas da Venezuela como fizeram com outros países».