Ao início da tarde, num encontro, em Bruxelas, com o presidente do conselho europeu, Donald Tusk, Brita Haj Hassan descreveu uma situação de "tragédia" e pediu ajuda para a população.
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O presidente da câmara de Alepo acusou a comunidade internacional de ignorar os "crimes e assassinatos" na cidade do norte da Síria.
"Do que estamos à espera é de atos em vez de palavras, porque as crianças de Alepo gritam e esperam por serem resgatadas. Apelamos a toda a comunidade internacional para as resgatarem", afirmou o autarca, descrevendo-se como um homem esmagado pelos acontecimentos, sem capacidade para ajudar e sem respostas para a população.
"Este crime - este assassinato -, que matou meio milhão de pessoas, forçou 12 milhões à emigração, tem 1,2 milhões cercados, em diferentes áreas, na Síria e deixa 50 mil pessoas, em Alepo, à espera da própria morte, depois do fracasso da comunidade internacional e do conselho de segurança das Nações Unidas, para imporem uma verdade humanitária", apelou, manifestando o seu desespero perante a situação.
"O que é que eu posso dizer aos civis que precisam de ser retirados do campo de batalha?", questionou, falando perante o presidente do Conselho Europeu, sem deixar de apontar o dedo à comunidade internacional por fechar os olhos ao massacre.
"O silêncio da comunidade internacional deixa-me a chorar, como uma consequência das lágrimas das nossas mulheres e crianças. Ver-me sem capacidade para ajudar faz-me chorar", confessou, lamentando o falhanço total dos líderes mundiais.
"Nem o leite para os bebés a comunidade internacional foi capaz de nos fazer chegar", afirmou, pedido "uma mobilização total da comunidade internacional apenas para conseguir [travar as mortes]. Não queremos a melhor solução mas pela solução menos devastadora".