José Eduardo dos Santos afirma que o país está a ser gerido "num ambiente extremamente complicado", devido a falta de divisas, causado pela baixa do preço do petróleo.
Corpo do artigo
Falta de divisas, uma forte quebra nas importações e nas receitas fiscais, são alguns dos fatores apontados por José Eduardo dos Santos para justificar, o que diz ser, "o ambiente extremamente complicado em que o país está a ser gerido".
O chefe de Estado angolano lembra que o Orçamento do Estado para este ano foi calculado na base dos 45 dólares o barril do petróleo, a principal fonte de receitas, mas em fevereiro o preço baixou até 28 dólares.
José Eduardo dos Santos, que falava na abertura da reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros, explicou que devido a esta quebra nos preços, a Sonangol já não garante recursos para o Orçamento de Estado e desde janeiro que o Governo não recebe receitas da construtora.
O Presidente acrescentou ainda que as importações também foram afetadas pela crise financeira e económica, o que afetou o crescimento da economia que deve estar entre 1 e 2%, quando já estava em 5 e 6%.
Para inverter este cenário, o governo angolano quer apostar na diversificação da economia, o objetivo é aumentar a produção interna e reduzir as importações.
José Eduardo dos Santos promete mobilizar empresários. Defende que se deve apostar na produção e exportação da madeira, incentivos à produção agrícola, como arroz ou produção de mel.