"Questionar o direito do povo judeu à autodeterminação não é diplomacia legítima, é antissemitismo", defende Isaac Herzog.
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O presidente israelita defendeu vigorosamente a democracia no seu país perante o Congresso dos EUA, na quarta-feira, apesar da controvérsia sobre a reforma judicial, alertando aqueles que criticam Israel sobre o risco de cair no antissemitismo.
"Não sou insensível às críticas entre amigos, inclusive as expressas por respeitados membros desta Assembleia", disse o presidente Isaac Herzog, num discurso perante as duas câmaras do Congresso reunidas em sessão plenária.
"Mas as criticas a Israel não devem ir tão longe a ponto de negar o direito de existência do Estado de Israel. Questionar o direito do povo judeu à autodeterminação não é diplomacia legítima, é antissemitismo", acrescentou, recebendo aplausos.
Mas os democratas denunciaram a "deriva" democrática em Israel, bem como a política de expansão dos acampamentos judaicos nos territórios palestinianos ocupados.
Alguns boicotaram o discurso do presidente israelita, e nove votaram na terça-feira contra uma resolução aprovada pela Câmara dos Deputados, de maioria republicana, condenando o antissemitismo e garantindo o apoio inabalável dos Estados Unidos a Israel.
A resolução foi submetida a votação pelo líder republicano da Câmara, Kevin McCarthy, em resposta à parlamentar de esquerda do Partido Democrata, Pramila Jayapal, que recentemente chamou Israel de "estado racista".
Sob pressão, Pramila Jayapal retratou-se e desculpou-se, mas os republicanos exigem que seja afastada da liderança de um grupo parlamentar progressista na Câmara dos Deputados.