Temer não responde a mais exigências dos camionistas. Nova greve à vista na Petrobras

REFILE - CORRECTING YEAR Brazil's President Michel Temer attends the inauguration ceremony of the new Minister Secretary of the government Ronaldo Fonseca at the Planalto Palace in Brasilia, Brazil, May 28, 2018. REUTERS/Adriano Machado
Adriano Machado/Reuters
O Presidente do Brasil afirmou que o Governo esgotou todos os recursos para atender às exigências dos camionistas e espera uma "situação normalizada" nos próximos dias.
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Apesar do novo acordo, alcançado no domingo, entre Governo e os camionistas, a greve continua em todo o país, comprometendo o abastecimento de combustível e de alimentos.
"Esprememos todos os recursos governamentais para atender as reivindicações legítimas dos camionistas e para não prejudicar a [companhia petrolífera estatal] Petrobras. A esta altura, não temos mais como negociar, não temos mais o que dar", declarou Michel Temer à televisão estatal.
Temer destacou ter feito "o possível" e disse acreditar que a situação estará normalizada até hoje.
Numa nota divulgada à imprensa, a Confederação Nacional dos Transportadores Autónomos (CNTA) considerou a paralisação, iniciada a 21 de maio, um êxito e adiantou que se os camionistas não voltarem ao trabalho "tudo o que foi conquistado corre o risco de se perder".
No balanço desta terça-feira, oito aeroportos continuam sem combustível e vários hospitais anunciaram a falta de material para cirurgias e tratamentos médicos especializados.
Os centros de abastecimento de cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo começaram a receber algumas frutas e verduras e os transportes públicos voltaram lentamente ao normal. O transporte público operou em quase 70% e as escolas e universidades já abriram portas.
No entanto, os trabalhadores da Petrobras já anunciaram que também irão arrancar com uma greve, durante três dias, que deverá afetar refinarias, terminais e plataformas petrolíferas.
Os trabalhadores da companhia petrolífera exigem a demissão do presidente da empresa, contestam os preços dos combustíveis e do gás de cozinha e condenam a privatização da empresa.
O Tribunal Superior do Trabalho já considerou a greve "ilegal, oportunista, abusiva e potencialmente causadora de danos graves à população".