O presidente do Conselho Europeu pediu o diálogo entre as forças políticas egípcias e a continuação das negociações para um empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) que permita a recuperação económica do país.
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Numa conferência de imprensa conjunta após um encontro com o presidente egípcio, Mohamed Morsi, Herman Van Rompuy afirmou que os turistas e os investidores só regressarão ao Egito se confiarem que o país «segue o caminho correto para a democracia» pelo que é necessário um entendimento com a oposição.
«O Egito atravessou várias reformas e mudanças profundas. Todos estão interessados nas reformas no Egito, porque ele tem sido sempre um fator-chave na comunidade internacional e no Médio Oriente», acrescentou.
O responsável europeu sublinhou ainda que, se o Egito conseguir um acordo com o FMI, a sua economia beneficiará, numa referência ao empréstimo de 4.800 milhões de dólares que o governo egípcio está a negociar com aquele organismo.
Van Rompuy considerou que a reunião do grupo de trabalho do Egito e da União Europeia, que decorreu a 13 e 14 de novembro no Cairo, constituiu «uma nova página numa nova era das relações entre o Egito e os países da UE».
No encontro, a UE anunciou uma ajuda de mais de 5.000 milhões de euros durante os próximos dois anos para apoiar a transição política e o desenvolvimento económico do Egito.
O chefe de Estado egípcio agradeceu o apoio dado pela UE à transição democrática no país e destacou a força das relações entre as duas partes.
A crise síria, o processo de paz no Médio Oriente e a situação no Mali foram outros dos temas abordados no encontro entre os dois responsáveis.