O eurogrupo volta hoje a reunir-se por causa da Grécia. O país está novamente pressionado pela falta de liquidez.
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Na Europa começa a haver cada vez mais vozes a defender mais flexibilidade com a exigências que são dirigidas a Atenas, tendo em conta a nova crise - o fluxo de migrante e refugiados - que se juntou aos problemas "profundos" que o país enfrenta. Este é também o ponto de vista do presidente do Parlamento Europeu numa entrevista à TSF e ao Diário de Notícias.
Martin Schulz defende que não sejam exigidas "mais medidas" aos gregos, esperando que a troika mostre sensibilidade para os problemas com que o país se depara.
"Nós não devemos pedir mais medidas aos gregos. Devemos dar-lhe o tempo necessário, até 2018. Nessa altura, eles deverão conseguir um superávit primário de 3,5%. Do meu ponto de vista eles estão no bom caminho. E, a União Europeia deve apoiar isso. Penso que a Comissão Europeia é favorável e o Parlamento também. O governo grego está muito relutante, no que diz respeito a medidas adicionais. E, eu tenho um certo tipo de compreensão em relação a isso", afirmou, esperando que as instituições também manifestem a mesma compreensão.
"Tenho a certeza que haverá um compromisso entre o Fundo Monetário Internacional, a Comissão, o eurogrupo e a Grécia", afirmou.
Já em relação aos países que estão sob procedimento por défice excessivo, como é o caso de Portugal, Martin Schulz diz que a Comissão "já mostrou mais flexibilidade do que no passado" e que deve ser encontrado um "equilíbrio" entre investimento e disciplina orçamental.
"Se reparar na Comissão Juncker, a Comissão Juncker já mostrou mais flexibilidade do que no passado. Disciplina orçamental, que por um lado é inevitável e obrigatório, baseado no tratado. Mas, os governos precisam de margem de manobra para a estabilidade pública e para o investimento", defende.