A mudança que está a ser vista como histórica. O presidente Mohamed Morsi deu ordens para afastar o chefe supremo das forças armadas e outro poderoso militar do núcleo duro do poder.
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As decisões têm efeito imediato. Mohamed Tantawi, o homem que assumiu a liderança do Egito após a queda de Hosni Mubarack deixa de ser ministro da Defesa e deixa também a liderança da junta militar que governou o país.
Outro general, o chefe do estado maior do Exército, Sami Anan, tem o mesmo destino.
Os dois são jubilados e passam a conselheiros presidenciais, mas Mohamed Morsi, o presidente eleito em junho, não se ficou por aqui e decidiu também anular as emendas constitucionais que tinham sido feitas pelos militares e que blindavam a autonomia do Exército.
Eleito com o apoio da Irmandade Muçulmana, Morsi toma uma atitude que está a ser lida como um "murro na mesa" no que diz respeito à liderança do país e decisivo na transição do poder dos militares para o povo.
O povo que parece ter percebido isso e há relatos de milhares de pessoas saíram à rua no Cairo e estão a celebrar na Praça Tharir.