Presidente François Hollande anuncia suspensão de relações políticas da UE com Moscovo
A situação na Ucrânia domina a reunião dos líderes europeus, em Bruxelas. No início da cimeira o presidente francês François Hollande afirmou que a União Europeia suspende relações políticas com Moscovo e que os chefes de Estado e de Governo podem aprovar novas sanções contra a Rússia.
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Os líderes europeus iniciaram hoje à tarde em Bruxelas um Conselho Europeu dominado por uma discussão, à noite, sobre a situação na Ucrânia, aguardando-se uma posição comum da UE sobre a anexação da Crimeia pela Rússia.
Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia, entre os quais o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, iniciaram a reunião cerca das 17:00 horas locais (16:00 horas em Lisboa), depois de vários líderes, à entrada para o Conselho, terem reiterado que a atuação de Moscovo é «inaceitável» e merecerá novas sanções por parte da UE caso a situação não se altere.
A discussão sobre a resposta da UE à Rússia - que, segundo o presidente francês, François Hollande, passará também quase certamente pelo cancelamento da próxima cimeira entre as duas partes, que estava prevista para junho próximo - terá lugar durante o jantar de trabalho de hoje à noite.
A agenda oficial da cimeira prevê uma primeira sessão de trabalho dedicada ao semestre europeu, ou seja, para analisar a situação macroeconómica e o andamento das reformas em vários países sob vigilância, além de uma discussão sobre a estratégia de desenvolvimento 2014-2020.
Os líderes europeus deverão ainda abordar a união bancária, depois do acordo hoje alcançado hoje de manhã entre o Parlamento Europeu e o Conselho em torno do futuro mecanismo único de resolução bancária.
A política industrial europeia será outro dos temas em análise na reunião de Bruxelas, assim como o clima e a energia (estes dois na sexta-feira), embora em relação a estes dois últimos assuntos a tomada de decisões tenha sido prorrogada até outubro.
Para sexta-feira está ainda prevista a assinatura da componente política do acordo de associação com a Ucrânia, com a presença do primeiro-ministro, Arseniy Yatsenyuk.